Cefet/RJ é destaque em evento de combate à discriminação organizado pela PGF

Da esq. para dir. Irene de Barcelos (chefe do Departamento de Ensino Médio e Técnico), Gisele Vieira (vice-diretora), Andrezza Menezes (corregedora), Dayse Pastore (diretora de Ensino), Daniela Carvalho (procuradora-chefe da Procuradoria Federal junto ao Cefet/RJ) e Gabriela Lemos (aluna do ensino superior).
Com o objetivo de promover o debate e o aprimoramento de estratégias de luta contra todas as formas de preconceito, o Cefet/RJ foi uma das instituições participantes do “1º Congresso Interinstitucional de Combate à Discriminação e Promoção da Equidade no Rio de Janeiro”. O evento aconteceu entre os dias 23 e 24 de outubro no auditório Procuradoria Regional Federal da 2ª Região, localizado no Centro do Rio de Janeiro (RJ). O congresso teve a presença da procuradora-chefe da Procuradoria Federal junto ao Cefet/RJ, Daniela Carvalho, da corregedora, Andrezza Costa, do responsável pelo Comitê de Política de Igualdade e Cotas Étnico-Raciais, Nadson Souza, da vice-diretora, Gisele Vieira, além de outros diretores da instituição.
Em sua palestra, a procuradora Daniela Carvalho abordou o tema “Boas práticas para prevenção ao assédio sexual no serviço público”. Daniela lembrou que o enfrentamento à violência de gênero é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e é um mal que assola todas as Instituições, sejam públicas ou privadas. “A partir de estudos estatísticos é possível afirmar que o assédio sexual é uma violência de gênero, pois atinge de maneira desigual pessoas identificadas com o gênero feminino. A conscientização é uma ferramenta necessária para a proteção individual e institucional no intuito de conquistar ambientes de trabalho mais saudáveis e inclusivos”, explicou.

Em sua palestra, a procuradora-chefe da Procuradoria Federal junto ao Cefet/RJ, Daniela Carvalho alertou sobre a prevenção ao assédio sexual no serviço público
Já a corregedora Andrezza Costa palestrou no painel “Consequências emocionais enfrentadas pela população LGBTQIAPN+”. Segundo ela, o evento trouxe à tona como a comunidade possui índices alarmantes e muito mais robustos de tentativa de suicídio, além de indicar quais possíveis caminhos precisam ser traçados para enfrentar esta situação. “Para que haja avanços, é preciso implementar políticas públicas específicas, além de avançar em pesquisas adequadas a esta população e fortalecer a cultura de inclusão”, alertou.
O professor Nadson Souza realizou uma palestra on-line sobre o tema “A questão do pardo nas comissões de heteroidentificação”. Segundo ele, o evento abriu um espaço essencial para refletirmos sobre as complexidades da identidade racial brasileira e a necessidade de estabelecer critérios mais sensíveis e contextualizados nas políticas afirmativas. “Discutir a questão do pardo é discutir o Brasil real — um país de origem mestiça, mas ainda estruturado por uma lógica racial excludente. Nosso passado ainda ressoa nas práticas contemporâneas, inclusive nas bancas de heteroidentificação, que enfrentam a difícil tarefa de interpretar as múltiplas expressões fenotípicas do povo brasileiro”, finalizou.
O evento foi uma iniciativa conjunta do Comitê de Equidade Racial e de Gênero da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ), da Procuradoria do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e do Programa de Combate ao Assédio da Procuradoria-Geral Federal (PGF/AGU). Para a vice-diretora Gisele Vieira, a participação do Cefet/RJ no congresso reforça o compromisso da instituição com a formação cidadã, a inclusão e o respeito à diversidade. “Neste congresso, o Cefet/RJ reafirmou seu papel social como espaço de produção de conhecimento crítico e de promoção de valores éticos no ambiente educacional e profissional”, concluiu a gestora.

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